terça-feira, 27 de março de 2012

Ponto cego

A origem da expressão “ponto cego” foi emprestado da medicina. Nela, o termo significa um lugar no campo visual dos olhos que corresponde à falta de células fotorreceptoras no disco óptico da retina onde passa o nervo óptico. Uma vez que não existem células para detectar a luz nessa região do olho, parte do campo de visão não é percebido. O cérebro preenche esse “ponto cego” com informações sobre imagens ao redor e as percebidas pelo outro olho. Dessa forma, dificilmente percebemos que ele existe.

No trânsito, a história é bem diferente. O termo é usado para definir uma área de não visibilidade, ou seja, um ponto em que, devido ao posicionamento, o espelho retrovisor não é capaz de refletir informando, por exemplo, a presença de outros veículos ao redor, que muitas vezes podem estar em nossa trajetória.

Por causa dele, centenas de acidentes (muitos deles fatais) acabam acontecendo. Pilotando uma moto, um carro ou caminhão, o condutor não está livre desse mal. Sabendo do problema, fica fácil perceber que muitas das fechadas que você costuma levar no trânsito estão relacionadas à incapacidade dos motoristas de enxergarem as motocicletas que circulam nos corredores numa velocidade superior a que eles estão. Nessa situação, as motos ficam muito próximas aos carros — é como se elas estivessem se escondendo entre eles, tamanha a dificuldade de enxergá-las.

É bem verdade que as mudanças de faixa ou conversões, quando sinalizadas, não representam perigo. Mas o que fazer quando os motoristas simplesmente desviam bruscamente de algum buraco ou obstáculo que possa estar em seu caminho? Para evitar sustos e acidentes, é preciso se cercar de alguns hábitos. Primeiramente, ande sempre com o farol baixo da moto ligado e, a qualquer mudança de direção, use os piscas para sinalizá-la.

Apesar de sujarem com maior frequência, roupas mais claras e com refletivos contribuem para que você seja visto com maior facilidade. Reduzir a velocidade nos corredores também é muito importante. Dessa forma, você terá tempo para esboçar uma reação ou mesmo frear quando tomar uma fechada.

Quando você se sentir inseguro em ultrapassar um veículo, olhe no espelho retrovisor dele. Dessa forma, você poderá ver se ele está ou não o avistando. Outra prática comum entre os motociclistas (e que não ajuda em nada) é a utilização de espelhos de tamanho reduzido. Manter a moto bonita é bacana, contanto que, ao enfeitá-la, você não a torne mais insegura.

Por fim, a mais eficiente e importante das soluções: sempre pilotar com atenção redobrada.

fonte www.revistamundomoto.com.br



Nenhum comentário:

Postar um comentário