A chegada aos 40 anos de idade costuma levar homens e mulheres a fazer um balanço da vida, dando margem a expressões populares como “estou na crise do 40” e “a vida começa aos 40”. É um período em que muitas mulheres começam a viver a menopausa e cerca de 25% dos homens são afetados pela andropausa, o que provoca mudanças físicas e psicológicas nos indivíduos.
“É um momento em que não se deve deixar de lado uma vida sexual saudável, pois ela é uma fonte de prazer importante para o bem-estar no dia a dia”, explica Eduardo Bertero, urologista do Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo.
No caso dos homens, apenas 25% passam pela andropausa, um decréscimo acentuado na produção de testosterona, o hormônio sexual masculino. No homem, o que ocorre com maior frequência por volta dos 40 anos é a queda da atividade sexual ligada a questões físicas, psicológicas e emocionais, muitas vezes relacionadas a um casamento desgastado. A situação pode levar a disfunções sexuais, como a Disfunção Erétil (DE), a mais comum delas.
A Disfunção Erétil consiste na incapacidade de obter e/ou manter o pênis ereto para um desempenho sexual satisfatório. Estima-se que a prevalência de algum grau da doença na população masculina brasileira acima de 40 anos é de 48%. A disfunção está associada a problemas orgânicos, psíquicos ou mistos e pode ser de intensidade leve à completa. Para todos os graus, existem terapias específicas e medicamentos orais, entre eles o Viagra, (citrato de sildenafila), que facilita a ereção peniana.
Nas mulheres, a queda drástica na quantidade de estrogênio, o hormônio sexual feminino, é chamada de menopausa. Esse processo marca o fim da vida reprodutiva e tem como sintomas a redução do desejo sexual, a diminuição da lubrificação vaginal e alterações de humor.
“O Brasil é um país conservador e a maioria das mulheres ainda têm uma postura passiva em relação ao sexo depois da menopausa, o que representa um envelhecimento psíquico precoce. Algumas chegam a terceirizar a atividade sexual, permitindo que o companheiro procure outra parceira desde que mantenha o sustento da casa e dos filhos”, explica Bertero. “Por outro lado, os homens chamados de ‘quarentões´são bastante estimulados a ter uma vida sexual ativa, muitas vezes com mais de uma parceira”, complementa o especialista.
Os sintomas de disfunção sexual mais frequentes são o baixo ou nenhum desejo sexual, não conseguir atingir o orgasmo nem manter a excitação durante a atividade sexual e sentir dor durante a relação. Para superar as dificuldades e manter uma vida sexual saudável após os 40 anos, os especialistas recomendam a procura de psicólogos e médicos especializados, como urologistas e ginecologistas.
Informações muito bom
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