sexta-feira, 1 de abril de 2011

Um poema


AS QUATRO VELAS


Quatro velas ardiam sobre a mesa
E falavam da vida e tudo o mais.
A primeira, tristonha: “Eu sou a PAZ,
Mas o mundo não quer me ver acesa…”

A segunda, em soluços desiguais:
“Sou a FÉ! Mas é triste a minha empresa:
Nem de Deus se respeita a Realeza…
Sou supérflua, meu fogo se desfaz…”

A terceira sussurra, já sem cor:
“Estou triste também, eu sou o AMOR…
Mas perdi o fulgor como vocês…”

Foi a vez da ESPERANÇA – a quarta vela:
“Não desiste ninguém! A Vida é bela!
E acendeu novamente as outras três!

DEDÉ MONTEIRO
Tabira, 12/02/2009

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