A distribuição de troféus nos eventos motociclísticos vem sendo ultimamente questionada pelos internautas da revista Motoclubes. Uns apostam na tradição, como perpetuação da prática; outros dizem que o artefato, mesmo de valor simbólico, não deveria existir. Ambos têm posições interessantes, mas a quem compete o jugo?
Quem sabe não seria ainda simpático considerar a decisão particular de querer ou não a lembrança; assim como opcional, também, um souvenir da cidade, numa prova da hospitalidade do lugar. O troféu poderia se um certificado de papel, impresso ao gosto do freguês.
Quando conhecemos algo diferente, passamos a ser parte dele, como se fora uma consignação. Ao visitarmos uma nova cidade voltamos diferentes – influenciamos e somos influenciados. Alteramos a rotina da vida – empreendemos a nossa marca e renovamos os nossos gozos.
Acredito que “as lembranças têm mais poesias que as esperanças”.
O troféu é a prova material da conquista, isso não há como negar. A referência objetiva da viagem. A insígnia da volta pra casa. Porém, passaríamos sem ele, o que também é um fato; e teríamos a nós mesmos como testemunhas, o que já é o maior dos méritos. Ao invés de estantes apipadas de adereços, lembranças aos montes na forma de saudade. Seria isso? Mas, o que deixar...?
Há de se consagrar as partes – aprender com as adversidades - respeitar as diferenças. Então, “Em Roma como os romanos”. Que fique a critério dos nossos, a idéia da lembrança, feito o que quiserem: metal ou sonho.
Jornalista
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