sábado, 26 de março de 2011

Midnight star vamos pegar uma estrada? Estradeira de alto desempenho, essa Yamaha garante silêncio e boa autonomia em viagens

Texto Roberto Assunção

Yamaha XVS 950 Midnight Star R$ 32.275 sugerido
As Harley Davidson podem não ser as melhores motos do mundo, mas têm um mérito: foram as principais responsáveis pela popularização das motocicletas Custom (estradeiras) no Brasil e pela transformação desses modelos em objetos de desejo. A paixão que envolve essas motos vai além do meio de transporte. É um estilo de vida, que envolve roupas, tatuagens e viagens de fim de semana com os amigos. É nesse universo que entra a Yamaha Midnight Star.

Seu motor V2 de 942 cm³ desenvolve 54 cv a 6.000 rpm e o torque máximo é de 7,8 kgfm a 3.000 rpm. Diferentemente da maioria de suas rivais, a XVS usa correia dentada na transmissão em vez da tradicional corrente, melhorando o ruído e diminuindo o custos de manutenção. Um alento, considerando que quem compra essa moto costuma rodar por longos percursos e quer um mínimo de conforto acústico a bordo.


Apesar de manter o visual clássico de sua categoria, a Midnight Star XVS 950 inova por buscar elementos de design presentes nas motocicletas dos anos 30. O chassi de berço duplo em aço foi projetado para ser mais leve, com diferentes graus de rigidez. O assento baixo facilita a vida do piloto quando é necessário por os pés no chão, o que garante uma sensação de maior segurança - reforçada pela boa distribuição de peso, que aumenta o equilíbrio e facilita a condução.

Na estrada, não tem como você não se sentir como um dos personagens do filme "Easy Rider", viajando em busca da liberdade. Enquanto pilotava, imaginei se não seria justamente essa sensação de poder e rebeldia que tanto agrada aos consumidores dessas motos. Conclui que sim.

Como toda Custom, a XVS 950 abusa dos elementos cromados, mas isso pode ser tornar incômodo em dias ensolarados. Explico: o detalhe que contorna o painel de instrumentos, por exemplo, refletia a luz diretamente nos meus olhos durante a viagem. Outro ponto que me desagradou foi o apoio de pé. Apesar de oferecer conforto, ele raspa no asfalto quando o piloto precisa deitar a moto em uma curva mais fechada. Apesar desses pequenos deslizes, ela se redimiu - pelo menos comigo - em um quesito importante nesse segmento: a autonomia. Faz cerca de 20 km/l e tem tanque de 17 litros. Garantia de muitos quilômetros ininterruptos de diversão.


Apesar de clássica, essa Custom usa elementos de design das motos dos anos 30

Nenhum comentário:

Postar um comentário